por João Pedro Varal Tartari

A partir das 18h30 desta segunda-feira (21), a Câmara de Vereadores de Marau recebeu e discutiu o requerimento do vereador Laércio Zancan (PSB) que solicitava que o prédio da Câmara recebesse iluminação nas cores do arco-íris durante a noite da próxima segunda (28). Segundo Lalá, o ato “é muito importante e significativo para a comunidade LGBT, é um marco, é um registro, é um apoio a essa causa”.

A sessão ainda foi marcada pela presença de ativistas pelos direitos da comunidade LGBTIA+, que estenderam a bandeira do arco-íris nos assentos reservados ao público em geral.

O requerimento foi negado pela Mesa Diretora, com a alegação lida pelo secretário João Vagner da Rosa Daré (PSB), o Vaguinho Daré, de que as despesas do ato excederiam o orçamento. Procurado logo após a sessão, ele afirmou não ter conhecimento suficiente para conceder uma entrevista sobre a solicitação de iluminação do prédio.

A comunicação da decisão foi vista como um ato homofóbico por Lalá, que se posicionou afirmando que vai aumentar a fiscalização das despesas e entrar com recurso contra a decisão da Câmara.

O recurso será analisado na próxima reunião da Câmara que acontece, justamente, no Dia do Orgulho. – Foto: João Pedro Varal Tartari.

Em entrevista para o FACtuando, o presidente da Câmara, vereador Ademir Durante (MDB), informou que houve uma pressão da Mesa Diretora para que o requerimento não fosse aprovado. Segundo ele, houve vereadores que criticaram as luzes acesas nas cores do arco-íris durante o Dia do Orgulho e a compararam a um pedido de iluminar o prédio de amarelo durante todo o mês de maio.

Durante também afirma ter checado com profissionais da área qual seria o preço de instalação do equipamento – R$ 1.500,00. Segundo ele, esse valor não poderia ser gasto pela Câmara devido às restrições impostas sobre o orçamento durante o período de pandemia.

Segundo Laércio, isso já havia sido discutido com os outros vereadores. Mesmo sem ter realizado um cálculo, ele explica que sugeriu para a casa que se o único fator impossibilitando a efetivação do requerimento fossem questões de orçamento, “o movimento LGBT faz uma vaquinha e coloca essas luzes coloridas”. Em sua análise, é visível “que o pessoal não quer aceitar essas luzes coloridas porque ainda é uma cidade conservadora, então imagina fazer isso”.

Segurança da Mulher

Outra das proposições postas na discussão preliminar da sessão do dia 22 de junho foi a criação de um Centro de Atendimento da Mulher. O projeto foi enviado à Câmara pelo Executivo de Marau e, se aprovado, integraria a Secretaria de Desenvolvimento Social do Município.

O Projeto de Lei nº 000062/2021 foi direcionado à Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Cidadania (CCJRC) e à Comissão de Orçamento, Finanças, Controle Externo e Infraestrutura (COFCEI) para ser analisado e votado em outra sessão.

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Foto de capa: João Pedro Varal Tartari

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